Estudante vítima de homofobia grava vídeo após episódio


Chutes, socos, violência generalizada e ódio gratuito. Foi em meio a estes adjetivos que o estudante de direito, André Cardoso, se encontrou após ser vítima de homofobia em uma movimentada avenida do bairro de Pinheiros, em São Paulo. Os acusados identificados como Bruno Portieri (25) e Diego Mosca (29) foram conduzidos ao 91º DP, onde deram depoimento à respeito do caso.

O estudante agredido diz que tudo começou quando revidou os insultos proferidos pela dupla de acusados, nos quais o seguiram até um cruzamento, dando início a sessão de tortura ao ar livre e, segundo testemunhas que também prestaram depoimentos, os agressores devem ser punidos, já que André só foi agredido pelo fato de ser homossexual. 

Portieri e Mosca continuam detidos no Centro de Detenção Provisória de Osasco, na Grande São Paulo, onde esperam a decisão do delegado que acompanha o caso. Os dois foram indiciados por tentativa de homicídio e, além disso serão processados pela Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, com base na lei paulista anti-homofobia, na qual poderá render à dupla uma multa que varia de $18 mil a R$ 54 mil. 

Já o advogado de defesa, Joel Cordaro, alegou que a agressão não pode se caracterizar como homofobia. "Não tem absolutamente nada de homofobia. Não tem como saber a opção sexual (sic) de alguém que está atravessando a rua", disse Cordaro.

EM NOTA: Dia após a agressão, o estudante André publicou um vídeo em sua página na internet comentando sobre o episódio que quase lhe custou a vida. (Clique aqui e veja).

Fala, Blogueiro!: Definitivamente não há o que questionar. André foi apenas mais uma vítima da intolerância do bicho-homem, no qual se julga racional e capaz de caminhar com as próprias pernas, algo cada vez mais impossível de se acreditar. Por que o espanto? Onde a orientação sexual de um pode ferir o outro? Há razão para tanto ódio?. São perguntas que, assim como quem é agredido, também não seremos capazes de responder, ainda mais quando nos tornamos espectadores de barbáries burras como esta. E aos acusados: Enjaulados. É assim que vivem animais perigosos e irracionais. Enjaulados!


Por Guilherme Faquini

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