Um Alguém, Um Amor


E, quando a brisa tocava o mar, eu encontrava o teu olhar. Minha mente levava minha alma para mais próximo de ti e, assim como o dia que se despedia, buscava em outra direção algo que pudesse me fazer sentir calmo e sereno, como me sentia em seus braços.

As nuvens desenhavam o infinito, e os últimos raios de sol a eternidade. O mar era como nosso sentimento: às vezes calmo, às vezes furioso, porém inestimável.  Não havia nada que pudesse arrancar de mim as raízes que a vida cuidou de plantar, não havia como apagar o que juntos desenhamos em um papel valioso, real e intransferível. Desenho este cujo amor é o seu nome.

Lembraria sempre do seu olhar doce, das suas palavras confortantes e do amigo que, mesmo sendo além, era meu melhor amigo. Gargalhei sozinho ao lembrar das brigas bobas, dos beliscões distraídos e dos filminhos no sofá. Você era meu valor, minha coragem de seguir em frente e de não desistir. E eu queria que estivesse ali comigo naquele momento, embora o mar fosse minha única companhia. Meu coração sorria com a paz da praia deserta.

E, mesmo não sendo muito, queria olhar em seus olhos e te agradecer por tudo que me proporcionara, agradecer pelo amor, pelas verdades nunca ouvidas antes de ti, pelos carinhos nunca sentidos e pelas provas de que nossas vidas são uma única, assim como nossas almas que nasceram impossibilitadas de se quer um dia seguirem separadas.

Eu era feliz e descobrira ali, sentado, quieto, apenas observando o namoro do céu e do mar que, mesmo nunca terem se tocado, se amavam, sem completavam e se faziam únicos. Obrigado, vida! Obrigado, mais inúmeras vezes! – Gritei.

Eu estaria sempre ao seu lado, lutando o quanto fosse preciso, se levantando, se reerguendo, mas nunca desistindo do que me fizera chegar até aqui, do que me fizera sentir cada vez mais forte ou, simplesmente, do que me mostrou o caminho para eternidade: você

Nenhum comentário:

Postar um comentário