Teve Copa, sim!


Sim, teve Copa sim! E teve também uma grande festa, torcidas unidas, pais com filhos, filhos com pais, gente emocionada, frustrada... Teve de tudo!

A bola rolou por um mês em nosso país que, por sinal, fez bonito no quesito hospitalidade. O que mais se viu foram turistas apaixonados por nosso carisma, educação e, sobretudo, por nosso carinho para com aqueles que, além de não falar nosso idioma, visitavam nossa terra pela primeira vez. Se a boa impressão for realmente a que fica, ficou.


Mesmo com obras atrasadas e tudo entregue daquele jeito, de última hora, e em cima do apito inicial, foi possível. Eu, por exemplo, fruto de uma geração dos anos 90, lembro-me vagamente do título de 2002, quando o Brasil foi campeão na terra do sol nascente, porém, ainda muito criança, torcia pela minha bandeira no ritmo infantil da festa. E olha, nada é tão forte do que ver os pequenos chorando pela derrota de nossa Seleção. Eles tentaram, eu acho, mas não conseguiram. Talvez, 2018 seja o ano do nosso Hexa, porque quem ergueu o troféu no Maracanã foram os galegos simpáticos da Alemanha que, diga-se de passagem, mereceram muito.


Os alemães já chegaram ao Brasil mostrando como é que se faz, mas não somente no quesito esporte. Eles construíram o próprio centro de treinamento e o hotel onde estavam hospedados, na Bahia - ambos doados ao governo para continuidade no turismo local -, doaram uma ambulância, visitaram e celebraram a cultura de uma aldeia indígena, doaram bicicletas, recursos financeiros para escolas locais e por fim receberam a dádiva de serem amados em um outro país. 


O que fica agora é a beleza de termos conseguido abraçar tanta gente da nossa maneira, sem fazer feio e potencializando ainda mais nossa identidade cultural. Somos festa, samba, alegria e coração. Somo um Brasil que acolhe, somos 200 milhões de pessoas batizadas e miscigenadas por nosso verde, amarelo e azul-anil, que bate no peito o orgulho, que grita o amor e que sorri, mesmo quando pede-se o choro. Sonhamos, acreditamos e fizemos juntos uma Copa extraordinária. Fizemos a Copa das Copas no quintal de casa, vista da janela com muita emoção e com direito a um hino a capela que ecoou pelos quatro cantos nosso país. 

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